01/08: Novo Blog.

Depois de mais de 2 anos sem postar aqui, resolvi começar um novo blog, no mesmo endereço que o anterior: http://ricardo.antunesdacosta.net

Esse blog continua aqui em http://blogs.antunesdacosta.net/ricardo/ para fins de arquivo.

Abraços, e espero vocês no novo blog.


20/04: Therezopolis Gold

Therezopolis Gold

Sexta-feira passada, após uma semana extenuante de trabalho, saí para tomar um delicioso chopp. Escolhemos o bar Maresias, no bairro Coqueiros em Florianópolis, pois eles vendem o chopp da ZeHn Bier, que é delicioso.

Chegamos lá, olhei despretensiosamente o cardápio, pois fomos lá somente para tomar chopp, e vi entre as cervejas oferecidas a Therezopolis Gold.

A Therezopolis Gold é uma cerveja puro malte, que era fabricada no começo do século passado, e foi relançada recentemente pela Cervejaria Terezópolis. Eu, que havia ouvido falar na cerveja, mas ainda não havia tido a oportunidade de experimentá-la, nem pensei duas vezes.

Acho que, por ser uma cerveja Puro Malte, e influenciado pelo nome, eu esperava uma Pilsen mais encorpada mas, infelizmente, a Therezopolis Gold é mais uma pilsen suave. Está mais para Bavária Premium, do que para a Kaiser Gold.

O que não a desmerece, obviamente. A cerveja é boa, com boa espuma, de ótima durabilidade. Mas para quem estava esperando algo com mais corpo, foi um pouco decepcionante. Para ilustrar, fiz o contraste com o chopp da ZeHn, e pude sentir uma grande diferença, especialmente no amargor. O resto da noite foi regado a chopp, conforme planejado.


16/04: Debatendo o Aborto.

Novamente a discussão sobre a descriminalização do aborto está em pauta no blog O Biscoito Fino e a Massa.

Eu sou contra, como já escrevi aqui, e no próprio Biscoito. E você?

Vá até o Biscoito, e entre no debate!


08/04: oBIERcevando

Mais um blog sobre cerveja no pedaço, o oBIERcevando, do Paulo "Feijão".

O Paulo mora em Blumenau, e já tive a oportunidade de conversar com ele pelo MSN. Com certeza seu blog será bem interessante. Uma prova disso é a entrevista com Juliano Mendes, dono da Eisenbahn, já em seu terceiro post.


03/04: iTunes vende música sem DRM

A Apple decidiu ouvir seus consumidores, e disponibilizar as músicas vendidas na iTunes Store sem o famigerado DRM (Digital Rigths Management). Todo o catálogo da EMI estará disponível em formato desprotegido, por US$ 1,29. As músicas também podem ser compradas no formato atual com DRM, pelo preço de US$0,99.

A diferença é que o arquivo desprotegido pode ser ouvido em qualquer computador ou MP3 player que suporte seu formato, enquanto que o atual só pode ser ouvido no iPod ou no iTunes. Além disso, o arquivo pode ser gravado em CD sem restrições.

Outra diferença é que o novo formato possui maior qualidade: 256 kbps contra os atuais 128 kbps. Portanto por US$ 0.30 a mais, pode-se comprar um arquivo desprotegido, com maior qualidade.

Isso é um ponto para a Apple. Enquanto a Microsoft cede às pressões das gravadoras, e enche o Windows Vista com DRM, a Apple caminha no sentido contrário, mais amigável ao consumidor.

Só é uma pena que não podemos comprar na iTunes Store aqui no Brasil.


Fonte: Apple Unveils Higher Quality DRM-Free Music on the iTunes Store

Em 2005 escrevi uma série de posts sobre o comércio de músicas, a Internet e o DRM. Confira:
08/11/2005 - Digital Rights Management
10/11/2005 - Comprando música pela Internet
21/11/2005 - iTunes Music Store
24/11/2005 - eMusic
08/12/2005 - Made In Russia


31/03: Mais leve que o ar.

O brasileiro gosta de cerveja leve. Você certamente já leu ou ouviu isso em algum lugar.

Um dos motivos é o clima. O Brasil é um país tropical, e em quase todo seu território é quente na maior parte do ano. Por isso, é costume do brasileiro tomar cerveja gelada, para se refrescar. Cervejas encorpadas geralmente devem ser consumidas em temperaturas que variam de 6º a 12ºC, enquanto que cervejas mais leves podem ser bebidas a temperaturas menores.

Na Europa, que passou por várias guerras em sua história, com escassez de alimentos durante vários períodos, uma cerveja forte e encorpada também servia como alimento. Enquanto que na América, onde o alimento sempre foi abundande, apesar de ser muito mal distribuido, o consumo de cerveja é um evento social, onde o que importa é relaxar e conversar com os amigos.

Somando os dois primeiros fatores ao fator tempo, criamos a cultura vigente. No passado as cervejas leves eram preferidas por causa dos fatores acima. Com isso, elas dominaram o mercado e passaram a ser o padrão. O brasileiro hoje é acostumado a beber cervejas leves, pois essa era a única opção que teve, quando começou a beber. Seu paladar foi educado a apreciar a cerveja leve.

Claro que nem tudo está perdido. Como um brasileiro pode aprender a gostar de sushi, que é uma comida que não faz parte de sua cultura alimentar, ele pode aprender a gostar de uma cerveja mais encorpada. E muitos assim o fizeram, quando tiveram contato com cervejas importadas, ou os produtos das microcervejarias nacionais.

Porém a maioria ainda está restrita aos produtos oferecidos pelas grandes cervejarias. E infelizmente, essas não se preocupam em oferecer diversidade a seus consumidores. Pelo contrário, procuram sempre manter o status quo.

Depois que a Skol assumiu a condição de cerveja mais bebida do país, a situação ficou ainda pior. A Schincariol virou Nova Schin, e a Kaiser mudou de sabor. Tudo para ficarem ainda mais leves, e concorrer com a levíssima lider de mercado. Nada mais natural que as cervejarias apostem em uma fórmula já consagrada, em vez de arriscar algo novo. Mesmo desrespeitando a regra do marketing que diz que o segundo lugar nunca deve imitar o primeiro, e sim inovar, para tomar seu lugar, uma vez que o primeiro está nessa posição justamente por ser o melhor naquilo que ele faz

O problema foi que as cervejarias exageraram. Hoje, toda e qualquer cerveja lançada no mercado, com raríssimas exceções, são apresentadas como leves, independente do segmento que esses produtos pretendem se posicionar. Desde cervejas populares, como a Nova Schin, até as mais caras, como a Bavária Premium, que é vendida como "premium" e leve ao mesmo tempo. A AmBev, por exemplo, possui inúmeras marcas no mercado, e a grande maioria segue o mesmo padrão, mesmo os novos lançamentos, como o chopp Brahma Black.

É normal, pelos motivos já citados, que as cervejas leves dominem o mercado. Mas as grandes cervejarias poderiam diversificar ainda mais, oferendo outras opções a seus consumidores. Alguns passos já foram dados nessa direção, com a linha da Bohemia, (apesar da Bohemia Pilsen ser bem leve também), ou a compra da Baden Baden pela Schincariol. Mas ainda é muito pouco.

Claro, uma boa alternativa são as microcervejarias, que estão conquistando seu espaço no mercado. Porém muitas vezes essas empresas não têm condições de reeducar seus consumidores, como acontece com a Cervejaria Palazzo, de Jaboticabal-SP, que como conta este post do blog Latinhas do Bob, pretende deixar seu chopp menos amargo e passar a filtrá-lo, uma vez que a atual receita não agrada o consumidor local.

Por isso é importante prestigiar quem fabrica e quem vende cervejas diferenciadas, para que essas empresas tenham condição de se manter no mercado, e prosperar. Porque senão, do jeito que as coisas andam, em breve estaremos enchendo balões com cervejas, pois esta estarão mais leves que o ar.


30/03: Gol 1

A.D.Perilima

Enquanto todos falam do milésimo gol do Romário, um acontecimento importantíssimo na história do futebol brasileiro passa em branco: o primeiro gol de Pedro Ribeiro Lima.

Pra quem não se lembra, Pedro é um empresário de 58 anos, que mantém um time na Paraíba, o Perilima. Como presidente, Pedro tem escalação garantida em todos os jogos, sendo substituído apenas por cansaço físico.

Ao marcar esse histórico gol, de pênalti, Pedro se torna o jogador mais velho do mundo a marcar um gol numa partida de futebol profissional.

Uma pena que, mesmo com o gol, seu time sofreu a décima primeira derrota no campeonato, em onze jogos!

Fontes:
www.distintivos.com.br
www.paraiba.com.br


26/03: Blogs Sobre Cerveja

Por muito tempo procurei por outros blogs que falassem sobre o mundo da cerveja, cervejas artesanais, microcervejarias, etc. Com certeza eu não podia ser o único na "blogosfera" brasileira a escrever sobre o assunto.

Infelizmente, pesquisar por "Cerveja Blog" no Google não era muito eficiente, pois muitos blogs eventualmente mencionam a palavra cerveja em seus textos. E o único resultado que parecia promissor, o Cerveja Blog, fala sobre tudo, menos cerveja.

Porém, recentemente, ao navegar na Internet à procura de mais informações sobre microcervejarias, acabei encontrando um blog sobre cerveja e gastronomia, o Edu Passarelli Recomenda!.

E graças a esse "terrível" costuma dos blogueiros de linkar outros blogs, eu encontrei mais alguns blogs sobre cerveja bastante interessantes. São eles o Cerveja Só, Dana Bier (blog que documenta a criação de uma pequena cervejaria artesanal), Latinhas do Bob, Hummm, cerveja!!!!! e o Blog Cervejeiro!.

Todos devem entrar entre os links ao lado em breve. Se você gosta de ler meus posts sobre cerveja, mas acha que minha frequencia deixa a desejar (e eu concordo), pode acompanhar os blogs acima também. Só não vale me abandonar. :)


23/03: De quem é o Pan?

Saiu na última edição da revista Isto É: "Governo federal chama os jogos de "Pan do Brasil" e gera protestos entre os defensores do 'Pan do Rio' ".

Segundo a reportagem, o governo federal está, em suas peças publicitárias, chamando o evento de Pan do Brasil, em vez de Pan do Rio, o que está revoltando os cariocas. Segundo eles o raciocínio é o mesmo para os Jogos Olimpíacos, que foram de Seul e Barcelona, e não da Coréia do Sul ou da Espanha.

O detalhe é que maior parte do dinheiro gasto com o Pan vem do governo federal. Ou seja, não são apenas os cariocas que pagam a conta. E quando vão pedir mais dinheiro ao governo, ainda apelam pro "orgulho nacional". Tudo bem que o município do Rio de Janeiro também fez um grande investimento, mas é a própria capital fluminense que vai se beneficar com as obras.

Portanto, nada mais justo que o governo federal se refira ao evento como Pan do Brasil. Se o dinheiro de todos os brasileiros é gasto com o Pan, por que ele tem que "ser" apenas dos cariocas?


21/03: Visita à Cervejaria Schornstein

No começo do ano eu fiz uma visita à Cervejaria Schornstein, em Pomerode-SC. Quando retomei o blog, queria fazer um post sobre a visita, mas infelizmente não tinha tirado nenhuma foto para ilustrá-lo.

Felizmente, no último sábado, recebi um convite do Thomas. O Thomas é um alemão, radicado em Braga, Portugal, que conheci através do forum do site Cervejas do Mundo. Ele possui uma cervejaria caseira, a Benedictum Cerveja Artesanal, e trabalha como consultor na área têxtil, o que o trouxe à Santa Catarina por algumas semanas.

Cervejaria Schornstein

Eu estava mesmo com vontade de fazer um passeio, então falei com minha namorada Andrea, que topou na hora, e fomos para Pomerode. Chegando lá, encontramos Thomas já falando com o José Carlos, que é o responsável pela produção da cerveja mais alemã do Brasil. Visitamos as instalações onde a cerveja é fabricada, o que eu não tinha feito na ocasião da minha primeira visita.

Cervejaria Schornstein

Fiquei surpreso e contente em saber que, com menos de um ano de vida, a Schornstein já triplicou sua capacidade de produção, e ainda assim já está operando no máximo da sua capacidade. O que prova que uma microcervejaria pode ser um ótimo negócio, e garante que elas vieram para ficar.

Thomas, Andrea e Ricardo

Depois de conversar com José Carlos, sentamos (eu, a Andrea e o Thomas) em uma mesa do bar, para saborear os chopps da casa. A Schornstein oferece 4 tipos de Chopp: O Trink Bier Natural, que é um Pilsen não-filtrado, o Trink Bier Cristal, a versão filtrada do Pilsen, o Pommern-Bier, que é do tipo Bock, e o Schorn-Bier, do tipo Pale Ale. Com exceção do Cristal, que é muito leve e sem graça, os demais são excelentes, e foram aprovados pelos 3 degustadores.

Quanto ao Cristal, o José Carlos nos explicou que eles temiam que a versão não-filtrada do Pilsen fosse rejeitada, e por isso criaram a versão filtrada também, mas que hoje a grande maioria prefere o Natural. Eu acho que a Schornstein deveria esquecer o Pilsen filtrado, e criar mais um tipo de cerveja. O Thomas sugeriu uma Weizen, após ter observado que aqui no Brasil essa cerveja é bastante apreciada.

Chopps Pale Ale, Bock e Pilsen Natural

Em relação ao bar da fábrica, posso afirmar que o atendimento é excelente, assim como a comida. Almoçamos lá na primeira vez que fomos, e estava ótimo. Dessa vez o Thomas pediu um Hackapetter, especialidade da casa, feita com carne crua e condimentos, e preparada com maestria na própria mesa onde é servido com pão integral típico alemão. Não é ruim, mas não consegui abstrair o fato de estar comendo carne crua, e só comi uma fatia de pão. A Andrea nem quis provar, e o Thomas acabou comendo todo o resto sozinho.

Hackapetter

Resumindo, a Cervejaria Schornstein vale uma visita (no mínimo, eu pretendo fazer várias), com certeza. Além da cervejaria, pode-se conhecer a simpática Pomerode. Quem é de longe pode também aproveitar e, na mesma viagem, conhecer as vizinhas Timbó, Indaial, Blumeau e Brusque, todas com pelo menos uma cervejaria, fazendo um verdadeiro circuito cervejeiro pelo Vale do Itajaí.

Também valeu muito a pena trocar idéias sobre o pão liquido com o Thomas. Foi muito interessante encontrar outro apreciador de cervejas.